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Iniciativas com Blockchain já valem bilhões na UE

A aposta na tecnologia blockchain é uma das prioridades da Comissão Europeia, que já atribuiu 141 milhões de euros para fomentar este tipo de projeto

 

*Por Money Times

 

Quase 400 iniciativas de blockchain foram registadas, em cerca de dois anos, na União Europeia (UE), gerando 200 milhões de euros em ofertas iniciais de moeda e 115 milhões de euros em investimento privado, divulgou na quinta-feira passada em Bruxelas.

Segundo dados do observatório da UE para o blockchain (tecnologia que visa a criação de bases de dados descentralizados e é normalmente usada para moedas digitais, as criptomoedas), entre janeiro de 2017 e abril deste ano verificaram-se “400 iniciativas de startups e de organizações sem fins lucrativos, que arrecadaram 200 milhões de euros em ICO [sigla em inglês de ofertas iniciais de moeda] e 115 milhões de euros em private equity”.

A aposta na tecnologia blockchain é uma das prioridades da Comissão Europeia, que já atribuiu 141 milhões de euros para fomentar este tipo de projeto, desde 2017, no âmbito do quadro comunitário Horizonte 2020. O investimento de Bruxelas nesta área deve ascender a 340 milhões de euros até 2020, segundo os mesmos dados do observatório da União Europeia para o blockchain.

Os números constam de um documento divulgado pela Comissão Europeia um dia depois de ter sido lançada oficialmente, em Bruxelas, a Associação Internacional para Aplicações Confiáveis de Blockchain (INATBA), por si fomentada e composta por 105 membros deste setor na Europa, América do Norte e Ásia.

Presente na cerimônia de lançamento, a comissária europeia para a área da Economia e Sociedade Digital, Mariya Gabriel, notou que “a Europa deve fazer mais pela inovação tecnológica e pelo blockchain”, tornando esta tecnologia “mais segura e confiável”. De acordo com Mariya Gabriel, o blockchain “permite uma série de utilizações”, desde logo na área das moedas digitais.

A estas acrescem setores como o financeiro (ao permitir soluções de pagamento, de títulos e de seguros), dos transportes (para ligar serviços de mobilidade e de carros autônomos), da energia (para integrar fontes renováveis em redes europeias), da saúde e farmacêutico (para monitorizar a origem dos produtos) e ainda da administração pública (em questões como o voto eletrônico ou os serviços digitais).

De acordo com o observatório da UE para o blockchain, no início deste mês, a maior parte das ações relativas a esta tecnologia (25,8%) diziam respeito à área da inovação e das telecomunicações, seguindo-se os serviços governamentais (19%), o setor financeiro (14,9%), a educação (8,8%), os transportes e indústria (7,6%), a comunicação social e o entretenimento (6%), a energia e ambiente (4,3%) e a saúde (2,5%), entre outros usos.

Este observatório foi criado pela Comissão Europeia em 2018 para acompanhar a evolução do setor, ao mesmo tempo que foram feitas parcerias entre Bruxelas e outras entidades para criar uma infraestrutura europeia neste tipo de serviços.

*Matéria publicada no site Money Times

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